quinta-feira, fevereiro 28, 2008

O Va-Va


O Vá-Vá, conhecido nos anos 60 por «ninho de lacraus» era o café onde se reuniam os realizadores do novo cinema português, como João César Monteiro, Fernando Lopes, Paulo Rocha, Cunha Telles, Pedro Vasconcelos ou Alberto Seixas Santos.
O crítico Lauro António, morador no mesmo edifício e outro dos seus assíduos frequentadores tem um sonho: encher as suas paredes de fotografias dos mitos da 7ª. arte.
A verdade é que cineastas, artistas, intelectuais pontificavam no Vá-Vá nos anos 60 e 70. Quem ainda o frequenta, quando passa por Lisboa é o filósofo Eduardo Lourenço e a escritora Lídia Jorge (antiga professora da Escola Secundária Rainha Dona Leonor).
Da sua decoração original resta apenas um magnifico conjunto de azulejos da pintora Menez, datados de 1958, mas em adiantado estado de degradação.
É hoje difícil de imaginar que o Vá-Vá foi em tempos um dos mais requintados cafés de Lisboa.

Ja no meu tempo de estudante na primeira metade dos Oitenta se notava um certo ar desleixado e bafiento, embora fosse uma das primeiras escolhas da malta de Alvalade, para ir tomar a bica ou uma imperialzinha pela parte da tarde.

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